ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 23-1


Poster (Painel)
23-1PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE E BIOMASSA POR BACTÉRIAS AMBIENTAIS SOB DIFERENTES FONTES DE CARBONO
Autores:Oliveira, P.P. (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) ; Araújo, G. (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) ; Krepsky, N. (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

A produção de biossurfactante é fundamental para a biorremediação de ambientes impactados por hidrocarbonetos de petróleo, auxiliando na emulsificação da camada oleosa, aumentando a superfície de contato para ação bacteriana. O atual trabalho tem por objetivo testar diferentes condições de crescimento, visando otimizar a produção de biossurfactante e biomassa por bactérias hidrocarbonoclásticas, isoladas do manguezal de Magé, RJ. As variáveis utilizadas foram: presença/ausência de petróleo API 28°; fontes de carboidrato (maltose e sacarose) e suas concentrações (3,3% C e 30% C), modificadas a partir do caldo nutriente salgado. Foram realizadas quantificações diárias da taxa de emulsão da gasolina (TE) e leituras da densidade ótica (D.O.), por dez dias. Na ausência de carboidrato, os valores para TE e D.O. foram consideravelmente maiores, principalmente na presença de petróleo como fonte de carbono. Isto aponta para a geração energética mais eficiente, resultante da quebra de hidrocarbonetos, otimizando a manutenção das atividades metabólicas bacterianas, no caso, a produção de biossurfactante e biomassa. A TE apresentou valores superiores sob baixa concentração de carboidrato (3,3% C), com pico no início do experimento, seguido de queda considerável. Nesta condição, a TE das réplicas com maltose foi maior que as com sacarose. A mesma tendência ocorreu para D.O.. Com 30% C, a TE permaneceu constante, com valores superiores na presença de sacarose. A D.O. seguiu esta mesma tendência. Possível explicação está na diferença energética gerada na quebra dos dissacarídeos. A sacarose (açúcar não-redutor), é de difícil oxidação, sendo a maltose preferência para as atividades metabólicas bacterianas, a 3,3% C. Com 30% C, a energia liberada pela quebra da sacarose, provavelmente possibilitou o aumento do metabolismo celular, de forma mais acelerada que a maltose. O fato de que o crescimento bacteriano foi maior nas réplicas com sacarose, na presença de petróleo, indica que o açúcar possibilita a oxidação mais eficiente do hidrocarboneto. De forma análoga, a 30% C, a TE é intensificada na presença de óleo, principalmente na réplica com sacarose. Portanto, a presença de carboidrato dificulta a utilização de petróleo como fonte de carbono, bem como a produção de biossurfactante e biomassa, principalmente quando a concentração dos açúcares é aumentada. Sendo assim, as variáveis testadas são otimizadas na cultura com caldo nutriente salgado, na presença de petróleo.


Palavras-chave:  Biorremediação, Crescimento bacteriano, Hidrocarbonetos de Petróleo, Taxa de emulsão